Janeiro 24, 2024

Rotativo do cartão de crédito

Entrou em vigor este mês a nova regra que trata do rotativo do cartão de crédito. A partir de agora, o juro anual cobrado não pode extrapolar o valor do empréstimo tomado, ou seja, 100% - em outubro de 2023 esse percentual era de mais de 400%.

Antes de entrar nos exemplos práticos, é necessário entender melhor este termo tão usado na linguagem econômica, mas que pode não ser tão bem entendido assim pelos principais interessados: os usuários desta alternativa.

O que é, então, o rotativo do cartão de crédito?
Segundo o Serasa, trata-se daquele crédito que as instituições financeiras “oferecem automaticamente” aos usuários dos cartões quando eles não pagam integralmente a fatura até a data do vencimento.

Nesse momento, o valor não pago passa a ser considerado um empréstimo, com juros que vinham se mostrando os mais altos do mercado.

Exemplo:
Ou seja: quem recebia a fatura do cartão com um valor de R$ 400, mas pagava apenas R$ 200, passava a usar R$ 200 do rotativo. Em um ano, essa dívida de R$ 200, com o juro anual que vinha sendo aplicado em outubro de 2023, estaria projetada em mais de R$ 1.000.

É nesse ponto que o novo limitador entra. O Congresso aprovou e o Governo Federal sancionou uma lei estabelecendo em 100% por ano o máximo do juro que pode ser cobrado para este modelo de transação.

Impactos:
Na opinião de especialistas, a medida, embora positiva do ponto de vista do consumidor, pode acarretar redução do crédito oferecido pelos bancos, especialmente porque esta é uma modalidade com índice de inadimplência muito alto – exatamente o fator que leva à cobrança de juros maiores.

Para o BankBook, startup cujo objetivo é dar ferramentas para que os cidadãos coloquem suas contas em dia, o assunto é muito maior. De acordo com o Banco Central, pegando dados de outubro de 2023, para que a comparação fique equilibrada, a inadimplência nas operações do rotativo do cartão de crédito estava em quase 55%, totalizando R$ 65 bilhões em dívidas.

O CEO da empresa, Guilherme Santos, defende que, se essa redução não vier acompanhada de um processo forte de educação financeira continuada – especialmente para quem já está em fase economicamente ativa – o resultado será ineficaz. “É fato recorrente se falar da necessidade de inserir educação financeira nas escolas, preparando as crianças para uma administração mais eficiente do dinheiro. E isso, de fato, é extremamente importante. Só que precisamos falar de educação financeira para quem já está no mercado. Como ensinar os trabalhadores a utilizarem os benefícios de alternativas como o cartão de crédito sem tornar relação um pesadelo”, alerta.

Soluções:
Saber equilibrar as contas, usar de forma inteligente os recursos disponíveis e usufruir dos benefícios na medida que consegue arcar com os custos é urgente! E neste período de férias, pós-festas de fim de ano, quando se vive uma época de diversos pagamentos de impostos e taxas, os cidadãos entendem na prática essa necessidade de aprendizado – ou sofrem as consequências da falta dele.

"Nossa missão no curso do BankBook é desvendar os mistérios do cartão de crédito, capacitando o usuário a usar essa ferramenta poderosa de maneira inteligente e segura. Entender o crédito rotativo é fundamental para uma gestão financeira eficaz e para evitar surpresas desagradáveis no fim do mês", pontua Santos, quando explica o recém-lançado CURSO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA FAMILIAR do BankBook.

Entre diversos ensinamentos que levam o público a gerenciar melhor seus próprios recursos, Guilherme Santos ressalta que o treinamento oferece insights valiosos sobre como o cartão de crédito deve ser usado: “é uma ferramenta estratégica, e não uma saída fácil para gastos impulsivos. Nosso objetivo é equipar o nosso aluno com o conhecimento necessário para que ele tome decisões financeiras informadas e seguras", conclui.